segunda-feira, 27 de junho de 2011

Em busca do nada


Eu sou um homem morto,
sempre sozinho,
Caminhando sobre o passado
estou preso à ele, selado.

Sim, sou um homem morto,
mas não ligo, ao menos acho que não.
Não sei o que procuro...
alegrias?, concórdia?, perdão...

Sou só um homem morto,
Seguindo em direção do abismo,
procuro-o sem cessar,
meu mais profundo desejo,
atirar-me em seu nada,
deixar me entregar por sua escuridão

Ainda mais certo,
Sou só mais um homem morto,
e não ligo, desejo ficar sozinho,
Sempre a caír no abismo do submundo.
cair sempre, e sempre,
me entregar ao nada.

Por que eu desejo.
Desejo ser mais um entre o nada,
deixar-me entregue,
até que no fim do abismo,
Meu fim mostre-me sua face.

1 comentários:

Mario Sergio Nascimento disse...

Legal. Mas se entregar ao Abismo não é ruim não. Quem se entrega ao Abismo e consegue sair dele são conquista os Céus.

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