sábado, 8 de outubro de 2011

Bruma

Meia noite
a penunbra da lua 
Assim a chuva caia lentamente sobre a janela
lamina e sangue brindavam mais uma cançao
sinfonia afonica da imaginaçao
deslumbrante visao do destino
rota de colisao com a realidade


Sufocado pela verdade
se entregando a escuridão
clamando por piedade
rasgando o coração
martírios, feridas, insanidade,
afloram num raio de lucidez
não ha subterfugio,
a desfinhar qualquer esperança,
ecos do perecer vibram
como ao som de um falsete
não ha mais lagrimas
os olhos secaram 
diante o descompaso do destino.
destino esse que escoa entre as mãos
passa a ser tão indiferente
quanto as batidas do coração.


Momentos finais
contemplo o som da chuva
rugido da dor
silenciosa onda de devastaçao
sem noçao, apenas anseios
muros cercam a alma
dizeres anononimos
"destino"
significado divino
obvia certeza cetica
efeitos colaterais
continua transgressão
momento viceral
preludio do coração


Insensata premonição
caminhando ao nada
e possivel ver tudo
busca por um sopro de vida
um filete de luz
qualquer sinal
na madrugada fria
livraria me do obscuro.

Repentino desfecho
êxodo de sentimentos
avalanche de emoçoes
eclipse oculto pela bruma do tempo
descaso da solidão.

Por Manoel e Perla

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